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Objecção ao Sedevacantismo: "João XXII foi denunciado como um herege e continuou sendo papa."
💬(0)
por Ir. Miguel Dimond e Ir. Pedro Dimond
www.igrejacatolica.pt » Ir para a página principal das objecções13ª Objecção: João XXII era um herege, que foi inclusive denunciado pelo cardeal Orsini, contudo, ele continuou sendo o papa.
Chris Ferrara, “Oposição à Campanha Sedevacantista,” Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 21: “Comparem a falta de êxito da Campanha [sedevacantista] em encontrar heresia “manifesta” nos pronunciamentos dos papas conciliares, com o histórico exemplo do Papa João XXII. Em 1331, alguns teólogos franceses e o cardeal Orsini denunciaram João XXII como um herege, quando, numa série de sermões, ele ensinou que as almas benditas, depois de terem terminado o seu designado tempo no purgatório, não veriam a Deus até após o juízo final. O Cardeal Orsini convocou um concílio geral para denunciar o Papa como um herege… Confrontado publicamente desta maneira, João XXII lhe respondeu que não foi a sua intenção impor os seus sermões a toda a Igreja, e preparou uma comissão de teólogos para examinar a questão. A comissão informou o Papa que ele estava em erro, e ele se retractou do erro vários anos depois, no dia anterior à sua morte. Contudo, apesar de ter sido denunciado como um herege e ameaçado com um concílio geral para declarar a sua heresia, João XXII nunca deixou de ser considerado Papa pela Igreja, e a história da Igreja o toma devidamente como tal.”1
Resposta: João XXII não foi um herege, e o seu reinado não é prova alguma de que hereges possam ser papas.
Em primeiro lugar, queremos que o leitor se dê conta de algo muito interessante: quando Chris Ferrara (a pessoa que apresenta esta objecção) expõe o caso de João XXII, observe como lhe dá uma dimensão exagerada. Ele não hesita em qualificá-lo como um exemplo de verdadeira heresia. Mas quando fala das claras heresias dos “papas” do Vaticano II, todas elas são mitigadas ao ponto de ele negar que alguma delas de facto constitua heresia. Por exemplo:
Chris Ferrara, “Oposição à Campanha Sedevacantista”, Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 21: “Mas a campanha [sedevacantista] nem sequer chega à primeira base, já que, como veremos, apesar de seus esforços tenazes, falhou em identificar qualquer heresia “manifesta” de entre as numerosas declarações ambíguas e acções inquietantes (ou mesmo escandalosas) de João Paulo II ou Paulo VI…”2
Bem, então nenhuma das evidentes heresias de João Paulo II e Paulo VI (por exemplo, seus ensinamentos sobre haver santos nas outras religiões; quando declaram que não devemos converter os acatólicos; etc.) chegam sequer a constituir heresia, segundo Ferrara; não obstante, para ele, o caso de João XXII certamente alcançou o nível de heresia. Que completo disparate! Haverá alguém que não veja aqui uma profunda hipocrisia e total desonestidade? Quando Ferrara e outros anti-sedevacantistas sentem que há uma vantagem em depreciar a heresia, eles elevam o grau de exigência para qualificar algo de heresia, de modo que, basicamente, nada pode alcançar o nível de verdadeira heresia. Contudo, quando consideram oportuno exagerar uma determinada heresia (como no caso de João XXII), confiantes que com isto irão com êxito derrubar a tese sedevacantista, eles dramatizam-na e fazem-na parecer muito pior do que realmente foi.
A verdade é que João XXII não foi um herege. A posição de João XXII de que as almas benditas não vêem a visão beatífica até depois do juízo universal era uma questão que ainda não havia sido definida especificamente como dogma. Essa definição foi pronunciada dois anos após a morte do Papa João XXII, pelo Papa Bento XII em Benedictus Deus3 ; mas, aparentemente, Chris Ferrara não sentiu que fosse importante mencionar esse facto.
Papa João XXII
O facto de o Cardeal Orsini ter denunciado João XXII como um herege não prova nada, sobretudo se considerarmos o contexto dos acontecimentos. Para proporcionar uns breves dados históricos: João XXII condenou como herético o ensinamento dos “Espirituais.” Este grupo defendia que Cristo e os apóstolos não tinham posses individualmente ou em comum. João XXII condenou esta visão como contrária às Sagradas Escrituras, e declarou que são hereges todos aqueles que aderem persistentemente a ela.4 “Os Espirituais” e outros como eles, inclusive o Rei Luís da Baviera, foram condenados como hereges.
Quando se sucedeu a controvérsia a respeito das declarações de João XXII sobre a visão beatífica, os Espirituais e o Rei Luís da Baviera aproveitaram-se disso e acusaram o Papa de heresia. Estes inimigos da Igreja foram apoiados pelo Cardeal Orsini, o homem que Ferrara mencionou em seu artigo.
Enciclopédia Católica, “João XXII,” vol. 8, 1910, pág. 433: “Os Espirituais, sempre numa aliança íntima com Luís da Baviera, aproveitaram-se destes acontecimentos para acusar o Papa de heresia, apoiados pelo cardeal Napoleão Orsini. Em união com este último, o Rei Luís escreveu aos cardeais, incitando-os a convocar um concílio geral e condenar o Papa.”5
Com estes antecedentes, podemos ver que a declaração de Ferrara de que o “o Cardeal Orsini convocou um concílio geral para denunciar o Papa como um herege...” toma uma perspectiva diferente: Sim, o Cardeal Orsini e os seus bons amigos, os hereges excomungados. De facto, inclusive o próprio “papa” de Chris Ferrara, no seu livro Teologia Dogmática, toma nota que o escândalo foi utilizado pelos inimigos da Igreja com fins políticos:
“Cardeal” Joseph Ratzinger (Bento XVI), Teologia Dogmática, 1977, pág. 137: “O escândalo [de João XXII] foi utilizado com fins políticos na acusação de heresia introduzida pelos franciscanos inimigos do Papa [os Espirituais] no círculo de Guilherme de Ockham na corte do imperador Luís da Baviera.”6
Chris Ferrara põe-se a si próprio justamente do lado dos inimigos da Igreja ao exagerar o caso de João XXII. João XXII não foi um herege. Além do facto de que a questão ainda não tinha sido definida especificamente como dogma, João XXII também deixou claro que ele não obrigou ninguém a crer em sua (falsa) opinião e que não tinha uma conclusão definitiva sobre essa matéria:
Enciclopédia Católica, sobre o Papa João XXII:
“O Papa João XXII escreveu ao rei Felipe IV a esse respeito (Novembro de 1333), e enfatizou o facto de que, enquanto a Santa Sé não emitir uma decisão, os teólogos poderão gozar de uma liberdade perfeita sobre esta matéria. Em Dezembro de 1333, os teólogos de Paris, depois de uma consulta sobre a questão, decidiram a favor da doutrina de que as almas benditas vêem a Deus imediatamente após a morte ou após cumprida a sua purificação; ao mesmo tempo, eles frisaram que o Papa não havia emitido nenhuma decisão sobre esta questão, mas somente havia dado a sua opinião pessoal, e que agora pediam ao Papa que confirmasse a sua decisão. João XXII apontou uma comissão em Avinhão para estudar os escritos dos Santos Padres, e para discutir sobre a questão em disputa. Num consistório celebrado em 3 de Janeiro de 1334, o Papa declarou explicitamente que nunca teve a intenção de ensinar algo contrário à Sagrada Escritura ou à regra de fé e que, de facto, não tinha a intenção de emitir decisão alguma. Antes de sua morte, se retractou de sua posição anterior, e manifestou a sua crença de que as almas separadas de seus corpos gozam no céu da visão beatífica.”7
Tudo isto serve para demonstrar que João XXII não foi um herege. Ele tinha uma opinião pessoal que estava completamente errada, e sobre a qual ele mesmo declarou explicitamente que não era mais do que uma opinião. De facto, apesar de seu erro significativo, João XXII foi bastante vigoroso contra heresia. A condenação que fez aos Espirituais e ao Rei Luís da Baviera é prova clara de que ele condenava heresia. Compará-lo aos antipapas do Vaticano II, que nem sequer crêm que heresia existe, é totalmente ridículo. Como já se demonstrou, Bento XVI nem sequer crê que o protestantismo é heresia! É uma piada satânica que alguém afirme obstinadamente, face a estes factos, que esse homem é um católico! O facto é que, para onde quer que os anti-sedevacantistas se voltem (seja para o dogma do papado, ou as acções de Lutero, etc.), eles serão refutados. Por exemplo, já que estamos a falar de João XXII e do juízo universal, deve ser recordado que Bento XVI nega o que é talvez o dogma católico mais central a respeito do juízo universal: a ressurreição dos corpos, tal como o demonstrámos no capítulo anterior (20) sobre as suas heresias.
Bento XVI, Introdução ao Cristianismo, 2004, pág. 255: “Fica claro portanto que o ponto central da fé não consiste na ideia da devolução do corpo, à qual ela ficou reduzida, praticamente, no nosso pensamento; essa afirmação continua válida mesmo diante da objecção de que é essa a imagem utilizada correntemente na própria Bíblia.”8
Bento XVI, Introdução ao Cristianismo, 2004, pág. 261: “Repitamo-lo uma vez mais: São Paulo não fala da ressurreição dos corpos, mas sim da das pessoas...”9
Portanto, quando os anti-sedevacantistas trazem à tona a questão de João XXII e o juízo final, eles não fazem nada excepto ajudar-nos a recordar outro dogma que Bento XVI nega, e mais uma prova de porquê que ele não é o papa.
» Ir para a página principal das objecçõesNotas finais:
1 Chris Ferrara, “Opposing the Sedevacantist Enterprise”, Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 21.
2 Chris Ferrara, “Opposing the Sedevacantist Enterprise”, Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 21.
3 Denzinger 530.
4 Denzinger 494.
5 The Catholic Encyclopedia, “John XXII”, vol. 8, 1910. pág. 433.
6 Bento XVI, Dogmatic Theology, The Catholic University of America Press, 1977, pág. 137.
7 The Catholic Encyclopedia, vol. 8, pág. 433.
8 Bento XVI, Introdução ao Cristianismo, Principia Publicações, 2005, pág. 255.
9 Bento XVI, Introdução ao Cristianismo, pág. 261.
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