A maligna práctica do yoga

O que há de errado com o yoga?

A práctica de yoga corre desenfreada também nas ordens religiosas Novus Ordo. Posto que a maligna práctica de yoga corre desenfreada não só nas ordens religiosas Novus Ordo mas também em instituições seculares, tais como a ACM, achamos que é importante abordar de passagem o que há de mal nessa práctica. Não é o yoga somente alongamento? Não. Citaremos um «padre» Novus Ordo, o «Pe.» James Manjackal, que é bastante conhecedor do assunto:

«Que é o yoga? A palavra yoga significa “união,” o objecto do yoga é unir o “eu” transitório (temporal), “JIVA,” com o (eu eterno) infinito “BRAHMAN,” o conceito hindu de Deus. Este Deus não é um Deus pessoal, mas uma substância impessoal espiritual que é um com a natureza e o cosmos. Brahman é uma substância impessoal e divina que “impregna, envolve e subjaz em tudo.” O yoga tem as suas raízes nos Upanishads hindus que são anteriores ao ano 1000 aC., e diz sobre o yoga que “une a luz dentro de ti com a luz de Brahman.” “O absoluto está em cada um,” dizem os Upanishads Chandogya, “TAT TUAM ASI” ou “ISSO ÉS TU.” O Divino dentro de cada um através do SEU representante microcósmico — o eu individual — chamado Jiva. No Bhagavad Gita, o senhor Krishna descreve o Jiva como “a minha própria parte eterna,” e afirma que “a alegria do yoga chega ao yogui que é um com Brahman.” No ano 150 aC., o yogui Patanjali explicou as oito vias que guiam as práticas do yoga desde a ignorância à iluminação. As oito vias são como uma escada. Eis: autocontrole (yama), prática religiosa (niyama), posturas (asana), exercícios de respiração (pranayama), controle dos sentidos (pratyahara), concentração (dharana), contemplação profunda (dhyana), iluminação (samadhi). Aqui é interessante observar que as posturas e os exercícios de respiração, que frequentemente são considerados no Ocidente como todo o yoga, são os passos 3 e 4 para a união com Brahman. O yoga não é só um sistema elaborado de posturas e de exercícios físicos, é uma disciplina espiritual que se propõe levar a alma ao samadhi, à união total com o ser divino. O samadhi é o estado em que o natural e o divino se convertem em um, o homem e Deus chegam a ser um sem nenhuma diferença (cf. Brad Scott, Exercício ou prática religiosa? Yoga: o que o professor nunca lhe ensinou numa aula de Hatha yoga, in Watchman Expositor, Vol. 18, No. 2, 2001).»1

Em resumo, yoga é uma disciplina espiritual que se propõe a unir a pessoa com o divino que reside na própria pessoa e a une com toda a criação mediante respiração, exercícios físicos, concentração, etc. A ideia de que o divino pode ser encontrado dentro do próprio indivíduo é, obviamente, uma ideia ocultista. A ideia de que o divino permeia toda a criação — a ideia sobre a qual a práctica do yoga é baseada e para a qual é direccionada — é panteísta e condenada pelo Concílio Vaticano I.

Papa Pio IX, Primeiro Concílio do Vaticano, Sessão 3, Cap. 1, Sobre Deus Criador de todas as coisas: «A Santa, Católica e Apostólica Igreja Romana, crê e confessa um verdadeiro Deus vivo, Criador e Senhor do céu e da terra… que, apesar de ser substância espiritual única, singular e de todo simples e imutável, deve ser proclamado distinto do mundo em essência e realidade…»2

Papa Pio XI, Mit Brennender Sorge (# 7), 14 de Março de 1937: «Aqueles que, por confusão panteística, identificam Deus com o universo, quer materializando Deus no mundo, quer deificando o mundo em Deus, não crêem verdadeiramente em Deus.»3

Um comentário à parte: o próprio João Paulo II ensinou esta condenada noção panteística em sua encíclica Dominum et Vivificantem (50.3) de 18 de Maio de 1986. Ele afirmou:

«“O Verbo fez-se carne.” A Encarnação do Filho de Deus significa a assunção à unidade com Deus não apenas da natureza humana, mas também, em certo sentido, de tudo o que é “carne” nesta natureza: toda a humanidade, todo o mundo visível e material. A Encarnação, portanto, tem também um significado cósmico, uma dimensão cósmica.»4

Note que enquanto explicava (como de costume) a sua crença herética de que Cristo subsiste em união com todo e cada homem, desta vez João Paulo II decidiu dar um passo à frente na sua heresia: Cristo não uniu a Si mesmo somente com cada homem (diz ele), mas também com «todo o mundo visível e material.» Segundo o Antipapa João Paulo II, a relva, as árvores, os rios, lagos, oceanos, etc. foram unidos a Cristo por virtude da Encarnação. Ele desenvolve o seu pensamento na sentença seguinte da sua encíclica.

João Paulo II, Dominum et Vivificantem (#50.3), 18 de Maio de 1986: «O “gerado antes de toda criatura,” ao incarnar-se na humanidade individual de Cristo, une-se, de algum modo, com toda a realidade do homem, que também é “carne” e, nela, com toda a “carne,” com toda a criação .»5

O Antipapa João Paulo II era um panteísta. No panteísmo, o mundo e Deus são uma e a mesma coisa.

Attwater, A Catholic Dictionary [Um Dicionário Católico]: «Panteísmo — uma falsa filosofia que consiste em confundir Deus com o mundo. Segundo alguns, o mundo é absorvido por Deus (panteísmo indiano, Spinoza); outros ensinam que Deus é absorvido pelo mundo do qual Ele é a força e a vida… Mas todos [os panteístas] procuram estabelecer uma identidade de substância entre Deus e o mundo.»6

Enciclopédia Católica: «Panteísmo, a visão segundo a qual Deus e o mundo são um.»7

Posto que, como vimos acima, a práctica do yoga é baseada na ideia de união com o divino dentro do próprio ser e de toda a criação, a práctica do yoga é, portanto, uma manifestação de crença na condenada heresia panteísta de que Deus e a Sua criação são uma e a mesma coisa. Practicar yoga, portanto, é practicar uma falsa religião e expressar crença num falso deus. O padre Novus Ordo conservador que citámos acima, indignado com a desenfreada práctica de yoga em meios «cristãos» e «católicos», resumiu muito bem a situação:

«No melhor dos casos o yoga é uma prática pagã e, no pior, uma prática oculta. Esta é a religião do anti-Cristo… e pela primeira vez na história está a ser praticada freneticamente no mundo ocidental e na América. É ridículo que mestres de yoga tragam, inclusive, uma cruz ou algum símbolo cristão, enganem a gente, dizendo que o yoga não tem nada a ver com o Hinduísmo e dizem que é só uma questão de aceitar outras culturas. Outros tentaram mascarar o yoga com apelativos cristãos, denominando-o “yoga cristão.” Esta não é uma questão de aceitar a cultura de outro povo, é uma questão de aceitar outra religião…»8

O Mosteiro do Espírito Santo9 oferece retiro especial de «Fundamentos do Yoga e Cristianismo».10 O Centro Espiritual Carmelita em Darien, Illinois, oferece um retiro de yoga intitulado «Vivendo a Sua Luz».11 O Centro Ecclesia «católico», de Girard, Pennsylvania — que é aprovado pela diocese na qual este reside12 — inclui um instrutor de yoga no seu corpo de funcionários!

«Michael Plasha é um terapeuta yoga credenciado e um professor registado na Aliança de Yoga… Ele possui treinamento também em meditação Zen e Vipassana. Michael tem admnistrado, desde 1980, mais de três mil aulas de yoga e meditação(…) Yoga… é uma abordagem não dogmática à união com a presença Divina em cada um.»13

Note que o Centro Ecclesia admite que yoga é uma abordagem à presença Divina «em cada um», provando, assim, que é fundado em, e direccionado ao, panteísmo e ao oculto. O sítio de Internet afirma também que o Centro Ecclesia «proporciona renovação espiritual a pessoas de todas as fés.»14 Isto é completa apostasia, totalmente aprovada pela diocese.

Outros exemplos poderiam ser dados, mas a maligna práctica do yoga é tão predominante em mosteiros «católicos» que o Budget Travel Online15 fez publicidade disso!

«Mais de dois mil mosteiros, abadias, centros de retiro espiritual estão espalhados pelos Estados Unidos e Canadá. Cerca de 80% estão ligados a ordens religiosas. No entanto, a maioria assume uma abordagem mais ecuménica e inter-religiosa de modo a acomodar este interesse crescente. “Antigamente, se tivesse um centro de retiro católico, você assim o publicitaria. Agora, a maioria deles querem que todos venham,” diz Stone. Muitos lugares oferecem yoga, pensamentos budistas, todo o tipo de oração.»16

---

Notas finais:

1 https://www.jmanjackal.net/por/poryoga.htm

2 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957, 1782.

3 Claudia Carlen, Raleigh, The Papal Encyclicals, The Pierian Press, 1990, vol. 3 (1903-1939), pág. 526.

4 The Encyclicals of John Paul II, Huntington, IN: Our Sunday Visitor Publishing Division, 1996, pág. 316; https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_18051986_dominum-et-vivificantem.html .

5 The Encyclicals of John Paul II, pág. 316.

6 Donald Attwater, A Catholic Dictionary, Tan Books, 1997, p. 366.

7 The Catholic Encyclopedia, Vol. 11, New York: Robert Appleton Co., 1911, p. 447.

8 https://www.jmanjackal.net/por/poryoga.htm

9 Situado nos Estados Unidos da América.

10 https://web.archive.org/web/20051115100333/https://www.trappist.net/newweb/enews_03_18_05.html.

11 https://web.archive.org/web/20050408233425/https://www.carmelitespiritualcenter.org/living-light.asp?a=retreats.

12 Confirmado numa comunicação telefónica pessoal com o Centro Ecclesia.

13 https://web.archive.org/web/20060813144205/https://www.ecclesiacenter.org/staff.htm.

14 https://web.archive.org/web/20060813144415/https://www.ecclesiacenter.org/index.htm.

15 Uma empresa de turismo.

16 https://www.budgettravel.com/feature/the-religious-retreat-vacation,2231/.